[Manias] A minha paixão por Moleskines e cadernos sem pauta

Se você colocar o cursor do seu mouse em cima do topo do Diversitá, clicar com o botão direito e depois em “exibir imagem” segurando shift, verá algo que tem tudo a ver com este post. Observando os detalhes da imagem, talvez dê pra notar alguns rabiscos indecifráveis. São rabiscos meus. Uma vez, quando estávamos elaborando a nova cara deste blog, o amigo-gênio Alê Gustavo perguntou:

  • Cê por acaso tem por aí umas anotações suas, manuscritas?
  • Tenho sim. Pra que você precisa?
  • Piração aqui no design do Diversitá. Vai ficar KILLER! – disse o designer, com seu dialeto paulistano que sempre me faz rir.

Peguei o Moleskine pocket que tinha ganhado do outro amigo designer, Neto, em meados de 2008. Fotografei algumas páginas, mandei pra Alê e deu no que deu. Meses depois, foi a vez dele me presentear (depois deste belo trabalho que fez por aqui), com um Moleskine maior, A5, capa de couro, com elástico.

Aquele que Neto havia me dado um ano antes foi o estopim de uma prática que nunca tive: carregar por aí páginas em branco, sem pautas, uma canetinha. Isso servia pra passar o tempo em reuniões chatas, para anotar coisas importantes de reuniões legais, para registrar ideias que certamente se perdem mais rápido do que imaginamos.

Não fiz dele diário, mas estão ali registros históricos que me remetem a tempos bons ou ruins – mas pouco importa a quê, apenas me remetem e isto basta. Foi neste clima que comecei o caderno que Alê me presenteou. Caminhou comigo por aí e dia desses o terminei de forma inesperada. Sempre os utilizei mais para escrever que para rabiscar. O último Moleskine teve sua temporada final com mais desenhos, que vem sendo registrados no Flickr “Semcor”. Os registros de meditação devocional estão lá no novo blog, o Meditatio.

Em março deste ano, quando comemorava meus 24 outonos, ganhei novamente do amigo Neto um presente de ouro: a edição cinéfila do Moleskine. Chama-se “Film Journal” e faz parte da linha “Passions”: um caderno que traz páginas com divisões para você comentar os filmes que assiste. Para ele, criei o Tumblr “Moleskine Film Journal”, que traz meus breves comentários sobre filmes que não renderam resenhas críticas.

Este post é motivado pelo presente que ganhei ontem: um “Book.it” (foto ao lado), caderninho de primeira, no mesmo naipe do Moleskine clássico. Páginas em branco, sem pauta, com papel de qualidade, costurado de modo que possa ser aberto em 180º com facilidade, elástico para fechá-lo bem e, por fim, um bolso de papel na última capa. Este é o modelo do moleskine clássico, que o Book.it repete. George, outro amigo que me presenteou com este encadernado, acabou de chegar de uma trip europeia e disse que encontrou destes caderninhos, baratíssimos por lá. Eles tem um tamanho intermediário entre o pocket da Moleskine e o A5: 10,7 cm x 15,2 cm, com 192 páginas.

E serve pra quê?

Estes cadernos são bacanas para quem gosta de desenhar, escrever menos “linearmente”, praticar processos criativos mais livres, e também para quem deseja ter seus registros guardados com um pouco mais de qualidade/cuidado.

No Brasil, os Moleskines originais são excessivamente caros, pois todos são importados. Só quem vende oficialmente é a Livraria Cultura, mas é possível encontrá-los no Mercado Livre. Entretanto, fica a dica: comprar via Amazon ainda é bem mais barato que todas as opções nacionais. Nestas terras já existem outras opções bacanas e até mais personalizadas para quem curte o clima: Pitilê, Corrupiola e Moleco são as mais populares – este último, porém, é ecologicamente engajado, utilizando um papel reciclado não muito agradável para desenho. Algumas gráficas consagradas (de grande porte) também produzem em escala industrial.

A paixão virou hábito: até minhas anotações acadêmicas são em um caderninho azul sem pauta que eu tenho – isso me permite criar mapas mentais mais livremente.

Fato curioso é que, até agora, eu nunca comprei um Moleskine pra mim. Ganhei todos os que tenho. O único que comprei foi um da linha “Folio”, em tamanho A4, para Tainá.

Fica a dica.

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12 Replies to “[Manias] A minha paixão por Moleskines e cadernos sem pauta”

  1. Oi Ricardo, boa noite. Gostei do seu post. Também adoro moleskines e tenho uma coleção deles. Gostaria de agradecer também pela indicação do Pitilé. Valeu. Bjus. :)

    1. Olá, Bruna. Prazer todo meu. Ainda não peguei nenhum Pitilê para analisar…conheço apenas Moleskine, Tilibra, Book.It e o Corrupiola. Espero um dia poder encontrar por aí ou encomendar o meu personalizado.

      abs

  2. Eu escrevo/desenho em caderno sem pauta há uns quatro anos, começou com aquela coisa de "primeiro pensamento do dia" e comecei a escrever até anotações em sala de aula nele! hahaha Só soube da existência de moleskines conversando com um amigo designer que tinha uma coleção deles, no ano passado. Por enquanto, não encontrei pra vender na minha cidade, então vou optando pelos opcionais da Tilibra que mais parecem caderno de desenho ou bloco de notas rs
    Ótimo post!

  3. Olá, Ricardo.
    Adorei ver este teu post. também adoro os journals do tipo moleskine…
    Moro em Natal e aqui a dificuldade é grande de encontrá-los. E quando encontro são os moleskines bem carinhos…
    Adoro escrever e a liberdade que as paginas sem pautas me proporcionam são inexplicáveis!
    parabéns pelo trabalho e obrigada pelas dicas!

    1. Olá, Kaynara! Que bom que gostou do post. Aqui em João Pessoa também não se vendem moleskines originais. Mas se em SP eles já são uma fortuna, imagina aqui? Encontrei duas saídas: os moleskines da Tilibra são realmente muito bons, de alta qualidade (já estou no 2o ou terceiro e nunca tive problemas de páginas soltas ou costura do couro sintético se desfazendo). Eles custam no máximo 40 reais (o classico) e tem alguns outros modelos. Pra comprar moleskine por preço bom no Brasil o segredo é Mercado livre. Obrigado por acompanhar o blog!

  4. Cara Valeu !
    Esse seu post ajudou muito, eu estava atras de um caderno sem pauta a uns 5 dias sem referencia
    de nenhuma marca, e todas as lojas que eu ia não tinha, a unica loja que eu achei algum caderno sem pauta parecia ser do Patati e Patata :c
    Vou começar um curso de Arte Urbana e preciso de um. Valeu mesmo :D ajudou muito bilu.

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